Afinal, o que move a vida é a morte.



Não há suavidade na vida.
Há maquiagem.

Onde reside a felicidade de algo finito? 
A finitude pode ser bela no espinho, mas não em uma rosa.

Somos seres em constante deterioração. Nunca fomos permanentes. Seres alteráveis.
Altera - se o corpo. Altera - se a mente.
E, povoamos um mundo efêmero. Lutamos para preservar a fugacidade da vida de nossos filhos.

E nova geração surgirá. Louca, esquisita, contestadora, esfuziante, bela, dona do mundo, da verdade e da razão. 
E essa geração também irá se perder no vácuo do tempo.

Loucamente, corremos atrás da felicidade. Não existe. É efêmera. Deixa saudades e amargará a velhice, caso a benção do esquecimento não transformar cada história num vexame nublado de demência.

Presta - se homenagens aos mortos, mas eles não sabem. E, se a religião estiver certa e eles souberem das homenagens, que importa se já morreram? Não viverão para colher os louros das glórias nem corrigir os erros do que já passou. 

Afinal, o que move a vida é a morte infinita.



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