Vida Estúpida.


Quem nunca se sentiu à parte da vida? 

Quem, algum dia, não sentiu vontade de voltar para algum lugar não se sabe aonde? 

Um sentimento de orfandade, de exilado, costuma invadir nossas horas noturnas, quando, 
sem razão ou com razão, 
divagamos, 
soturnamente, nos meandros de nossas mentes. 

A frieza de um apartamento, às escuras. 

(Lá fora) 
Todos dormem, menos você. 
Todos sorriem. 
Todos estão confortáveis, muitos tomam cerveja, menos você.
Menos você.

Nada parece real. Somente seu pensamento melancólico é real. 

Maldade de nossa mente. 
Por que lutamos tanto, contra nós mesmos? 
Por que gostamos, tanto, de sofrer?  
Às vezes, parece que temos um predador cruel que nos ataca de dentro pra fora, fazendo um inferno em nossas vidas. Esse predador ruge alto dentro de nossa cabeça e, então, rugimos com quem amamos ou com o primeiro infeliz que cruzar nossa frente. Esse inimigo tira de nossas mãos a direção de nossa vida. E, magoamos quem nos quer bem.   
E fechamos portas, estupidamente. 

Fazemos merda, muita merda. Merda é o termo mais usado neste novo milênio, milênio que já tem + de 20 anos. 

Desgostar significa deixar de gostar. E, percebemos, que não nos gostamos, nós, muitas vezes nos desgostamos e nem percebemos. 

Sempre achamos um futuro que nos trará alegria e sucesso, então, andamos, olhando para esse futuro, mas existe somente o presente e o presente é feito água, sem cor. Sem Sabor. 
Desprezamos,
desgostamos do que é insípido e incolor.

Voltando à merda. Por que esse é o termo e emoji tão usado no presente?
Porque achamos o presente uma merda?
Por que não somos felizes?
Alguém sabe a resposta? Eu vou dizer:
- eu também não sei.
Não há uma resposta. 
Sei que há uma vida a ser vivida, mas que raio significa vida a ser vivida? Como podemos viver uma vida e, ao mesmo tempo, manter a alegria? Eu não sei. Não sou coach, nem mestre zen-budista, nem conselheira e nem influencer. Não sou nem otimista. Eu gosto de rock. Rock clássico, mas isso não significa nada. Só que tenho bom gosto musical... pelo menos, pra mim. 

Que vida é essa que tem de ser vivida? Se todo dia é congestionamento, vizinho, síndico, morte de nossos ídolos, maus-tratos de animais, Datena na TV, esmalte que borra, coceira no saco... A vida, a vida... 
A vida onde não há vida. 

E pra encerrar, vou dizer que não tenho nada bombástico pra concluir, nem positivo e nem nada que mude sua vida após ler isso aqui.

Alguém aceita um copo d’agua?

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